A frase mais intrigante do meu dia: “Me empresta o jornal?” . Eu ainda não sabia, mas aquela leitura mudaria a minha vida. Como de costume, todos os dias pela manhã eu vejo as noticias escritas num jornal comum da cidade. Mas hoje não dei uma simples lida, não foi como me atualizar sobre os acontecimentos e basta. Hoje a ficha caiu, eu cresci e conclui ser mais um de muitos cidadãos que mantém os braços cruzados. Cada folha daquele livrinho – que mais pareciam textos de ficção - fez jorrar sangue em minhas mãos, fez crescer culpa em minha consciência e causar dores inconsoláveis a minha alma. Antes fosse um filme com um péssimo roteiro, mas é a realidade, (sobre)vivemos à tragédia; fria, nítida, cruel. Não preciso notar que estamos afogados no mar da corrupção, não é? Não se pode confiar naquele “carinha” que votamos nas eleições com a esperança de que ele melhorasse nossa qualidade de vida, nos acrescentasse cultura e humanidade. Nem podemos contar com aquele outro, fardad